domingo, 6 de maio de 2012

Depois de tanto tempo sem escrever e a dificuldade de redefinir senha e achar o email cadastrado aqui, me bateu o desânimo de publicar..

Mistificação

quarta-feira, 3 de junho de 2009

o mundo gira.......
a roda gira...
translação..
estaçoes do ano..
ontem primavera..
hj inverno
amanha verão
de repente o caderno cai no chão no meio da avenida...
e ele esbarra com você ajudando a pegar as tuas folhas corridas no ar..
é o início...
e sol brilha mais q nunca..e vc ainda mais q ele!
td eh luz..calor..
e de repente sem que mais ninguém saiba toca uma música estranha
que vai embalar a história
e o cheiro das situações..
tomarão conta do seu ser..
a ponto de sentir-se revivendo o início a td instante..
e por mais q vc queira andar em uma direção..
os sentidos mostrarão outra..
existe algo de imenso e surreal no encontro de duas almas perfeitas
um encanto, um passeio pelas nuvens
um querer bem e só pra si imensos
onde só se entendem os olhares
tornando esse querer egoísta e excluidor
onde a racionalidade não tem vez..
mas onde é que se encontra o real no amor?
quando acontece é feito uma sessão de cinema mudo
só as imagens tem envolvem
e o real só existe para quem observa o amor..
quem o sente nem sequer o procura..
pois não há motivos para isso..
qd as metades encontram o real no amor..
deixam de ser metades..
e passam a ser eu's..
viris e inebriantes
e de um amor todo que acontece e que fica
só se resta a saudade
essa que mata
e retornamos ao inverno!
à espera do próximo verão!
por enquanto, encaramos a solidão.

Eu e Aline Fontelli

O que é o tempo?

domingo, 19 de abril de 2009

"Se não me perguntarem, eu sei o que é. Se tiver de explicar para alguém, não sei. O problema é que o passado não está mais aqui, o futuro ainda não chegou e o presente voa tão rápido que parece não ter extensão alguma. Aliás, se o presente só surge para virar passado, não daria pra dizer que o tempo é uma caminhada rumo à não-existência?"
Santo Agostinho de Hipona

Durante toda a história o tempo já foi visto de diversas formas. Provavelmente entre os povos 'pré-históricos' surgiu ante a necessidade de controlar os processos de colheita. Entre os gregos como uma noção cíclica iniciada com o apogeu e findada com a decadência. Já em Roma a idéia era de linearidade, quanto mais afastado da fundação da cidade o tempo se enfraquecia. Na Idade Média o tempo relacionava-se com a expulsão do Éden e retorno ao Paraíso. Com o Renascimento a ciência assume as rédeas das dúvidas e procura objetivar o estudo, excluindo o seu caráter mítico. No mundo contemporâneo, o tempo apresenta-se como uma sucessão de intervalos com períodos de duração. Seria um processo contínuo onde há uma sucessão de fatos. para Leibniz o tempo concebido a partir da ordem de criação e extinção das coisas. A partir de então percebemos a fluidez do tempo. Se não houvesse uma relação causa-consequência não seríamos aptos a perceber o tempo.
Ainda assim não temos explicações quanto à periodicidade do tempo. Será ele cíclico ou linear? Quando surgiu? Acabará? E o Déjà-vu? Seria uma noção relativa do tempo onde é possível estar na entrelinha do tempo, que de acordo com certos movimentos poderíamos ter visto o futuro com antecipação?Para a ciência o déjà-vu seria o 'lembrar-se do futuro'. "A explicação científica mais aceita, embora ainda não comprovada, é que nosso cérebro processa o fato já acontecido (de maneira inconsciente) antes do que os nossos outros sentidos. Assim, quando o cérebro processa a imagem e som do fato vivenciado, ele já ocorreu e assim temos a sensação de estar lembrando algo que já passou."

Pra mim o tempo continua relativo. Principalmente quando estou atarefada com algo pouco prazeroso ou o inverso. A partir daí as teorias científicas perdem valor e o que vale é a minha sensação de tempo. Já dizia Vanessa da Mata:
Passa o tempo sem demora
Quando não penso nas horas
Os ponteiros do relógio
Fazem voltas se não olho

Mas quando acendo o fogo
Para fazer um café
Vejo o tempo parar
Pra água ferver
Parece nunca acabar, espera sem fim

06:04; 06:05; 06:05; 06:05
Esperando o apito da chaleira
Vejo o tempo parar
Parar
O tempo pirraça

Quando à tarde no trabalho
Quero que o tempo passe
Os ponteiros do relógio
Só me dão o tique-taque

Quando eu encontro os amigos
Para tomar um café
A rapidez que não tinha
Sem disfarçar
Parece brincadeirinha
Pega-pega

Quando paro que olho as horas
Para o tempo que me olha
E espero ansiosa
Vou comendo a casa
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros, bomba
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros

E vejo o tempo parar
Parar
O tempo pirraça

Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros, bomba

Enfim, só sei que a pesquisa poderia ter sido mais bem feita e que independente de divagações os fatos sucessivos ocorrem em meu organismo fazendo-me envelhecer. Logo, vou à labuta pois 'o tempo urge', ok?





sexta-feira, 17 de abril de 2009



Escrito por Rodrigo Carneiro e narrado por Alice Braga para o ALBUM "Nas Confrarias das Sedutoras".

E aqui, desfalecidos e circunstancialmente inertes, somos a prova viva da expressão. Tarde demais para nos tornarmos santos, mas, flagrando você me olhar assim, começo a crer na ressurreição. No teu ressuscitar ereto. Eu estou quase sempre pronta. Quase sempre. Tenho certeza que vai ser ainda melhor. Acho que agora eu quero morrer e viver contigo para sempre. Vem.

TEXTO COMPLETO

O orgasmo é uma pequena morte - une petite mort, como definem os franceses. E aqui, desfalecidos e circunstancialmente inertes, somos a prova viva da expressão. Convenhamos que trata-se de uma morte bem boa anunciada por olhares de languidez, sussurros, beijos-faísca, mãos nada bobas, equipes de exploração das áreas mais íntimas do corpo. Eu grito e canto para aqueles que, como nós, se divertem com o pecado da carne. Sabe que certas mitologias do Ocidente já não me assombram - tarde demais para nos tornarmos santos -, mas, flagrando você me olhar assim, começo a crer na ressurreição. No teu ressuscitar ereto. Esqueçamos de tudo. Vem, meu bem. Eu estou quase sempre pronta. Tenho certeza que vai ser ainda melhor. Acho que agora eu quero morrer e viver contigo para sempre. Vem.

sábado, 11 de abril de 2009

É tempo de morangos. Não sei o que Clarice quis dizer com essa frase ao fim do livro A hora da estrela. Acho que nem ela mesma sabia. Será que ela quis dizer que é hora de cultivar os feitos? Que feitos? A hora do descanso?
Afinal, para se chegar ao topo é necessária muita caminhada. Entre as quais abdicação. Minha fase é de cultivar morangos. Morangos, uvas, quem sabe até jaca. Quero é colheita. Mas o cultivo tá tão complicado. Problemas em abdicar as horas de descanso e arregaçar as mangas para o trabaho na terra..
Ciclos..necessidade humana viver em busca de algo. Porquê? Numa madrugada dessas da vida estava conversando com um amigo..estávamos nesse mesmo questionamento. Essa necessidade sempre houve, mas anda se exarcebando com o advento da globalização.

"Mesmo quando ele consegue o que ele quis
Quando tem já não quer
Acha alguma coisa nova na tv
O que não pode ter

Deixa de gostar
Larga a mão do que ele já tem
Passa então a amar
Tudo aquilo que não ganhou"


"Morango é uma fruta, vermelha e doce, acho que ela quis dizer, que mesmo com a triste estória de A HORA DA ESTRELA , todos nós ainda colhemos os frutos do amor da esperança. Quem se faz de derrotado, pra sempre será" . Por Sabóia


Sempre na dúvida. Quero morangos pro outono. Onde estão as sementes do sentimento? As dos estudos estão em minhas mãos, da saúde e manutenção dos relacionamentos familiares e amizades, de certa forma, também. E as do amor? Por onde andam?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Diálogo Bobo
- Abandonou-te?
- Pior ainda: esqueceu-me...

Mário Quintana

Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal
 
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