Santo Agostinho de Hipona
Durante toda a história o tempo já foi visto de diversas formas. Provavelmente entre os povos 'pré-históricos' surgiu ante a necessidade de controlar os processos de colheita. Entre os gregos como uma noção cíclica iniciada com o apogeu e findada com a decadência. Já em Roma a idéia era de linearidade, quanto mais afastado da fundação da cidade o tempo se enfraquecia. Na Idade Média o tempo relacionava-se com a expulsão do Éden e retorno ao Paraíso. Com o Renascimento a ciência assume as rédeas das dúvidas e procura objetivar o estudo, excluindo o seu caráter mítico. No mundo contemporâneo, o tempo apresenta-se como uma sucessão de intervalos com períodos de duração. Seria um processo contínuo onde há uma sucessão de fatos. para Leibniz o tempo concebido a partir da ordem de criação e extinção das coisas. A partir de então percebemos a fluidez do tempo. Se não houvesse uma relação causa-consequência não seríamos aptos a perceber o tempo.
Ainda assim não temos explicações quanto à periodicidade do tempo. Será ele cíclico ou linear? Quando surgiu? Acabará? E o Déjà-vu? Seria uma noção relativa do tempo onde é possível estar na entrelinha do tempo, que de acordo com certos movimentos poderíamos ter visto o futuro com antecipação?Para a ciência o déjà-vu seria o 'lembrar-se do futuro'. "A explicação científica mais aceita, embora ainda não comprovada, é que nosso cérebro processa o fato já acontecido (de maneira inconsciente) antes do que os nossos outros sentidos. Assim, quando o cérebro processa a imagem e som do fato vivenciado, ele já ocorreu e assim temos a sensação de estar lembrando algo que já passou."
Pra mim o tempo continua relativo. Principalmente quando estou atarefada com algo pouco prazeroso ou o inverso. A partir daí as teorias científicas perdem valor e o que vale é a minha sensação de tempo. Já dizia Vanessa da Mata:
Passa o tempo sem demora
Quando não penso nas horas
Os ponteiros do relógio
Fazem voltas se não olho
Mas quando acendo o fogo
Para fazer um café
Vejo o tempo parar
Pra água ferver
Parece nunca acabar, espera sem fim
06:04; 06:05; 06:05; 06:05
Esperando o apito da chaleira
Vejo o tempo parar
Parar
O tempo pirraça
Quando à tarde no trabalho
Quero que o tempo passe
Os ponteiros do relógio
Só me dão o tique-taque
Quando eu encontro os amigos
Para tomar um café
A rapidez que não tinha
Sem disfarçar
Parece brincadeirinha
Pega-pega
Quando paro que olho as horas
Para o tempo que me olha
E espero ansiosa
Vou comendo a casa
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros, bomba
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros
E vejo o tempo parar
Parar
O tempo pirraça
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros, bomba
Enfim, só sei que a pesquisa poderia ter sido mais bem feita e que independente de divagações os fatos sucessivos ocorrem em meu organismo fazendo-me envelhecer. Logo, vou à labuta pois 'o tempo urge', ok?
2 comentários:
Gosto muito dos teus textos... muito. ;*
mas, te amo mais. :)
Ah, o tempo prega peças na gente, isso sim. Terrível. Parece que ele nunca passa na medida ideal, não é?!
Beijos, e parabéns pelo bog!
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